“Moda não é só sobre o que você veste. É sobre como você vive.”

 — Vivienne Westwood

 

Muita gente ainda associa a moda ao efêmero, ao descartável, à futilidade. Mas basta um olhar mais atento — ou mais sensível — para perceber que a moda é uma linguagem que fala de quem somos, de onde viemos e do mundo que queremos construir.

 

E se ela tem tanto poder assim, por que não começamos a educar esse olhar desde a infância?

 

 

Moda brasileira que conta histórias

Em 2024, os bordados do Seridó, do interior do Rio Grande do Norte, apareceram no tapete vermelho de Cannes. Não pelas mãos de grandes grifes internacionais, mas por meio do trabalho de mulheres brasileiras que, até então, criavam em silêncio. Pela primeira vez, essas bordadeiras foram nomeadas, creditadas e incluídas no processo criativo. Mais do que beleza, foi um gesto de reparação.

 

Essa é a força da moda autoral brasileira: ela transforma. Ela resgata, valoriza, narra. Ela deixa de ser ornamento e passa a ser discurso.

 

Como disse o estilista Airon Martin:

“Enquanto a moda for tratada como futilidade, a cultura brasileira segue incompleta.”

 

 

Moda infantil com propósito: por que isso importa?

Na infância, tudo comunica. O brinquedo que a criança escolhe, as histórias que ela ouve, os gestos que repete. E a roupa também entra nessa conversa. Ela não precisa ser extravagante — precisa ser intencional.

 

Moda infantil consciente é sobre respeitar o tempo da infância, a liberdade de brincar, o conforto do corpo. Mas é também sobre ensinar valores através do vestir: cuidado, afeto, respeito pela origem das coisas.

 

Na Petissu, acreditamos que uma roupa pode ser um convite:

 

  • A conhecer nossas raízes culturais
  • A consumir com responsabilidade
  • A valorizar o que é feito à mão, com tempo e carinho

 

 

E quando isso é aprendido desde cedo, ganha força para durar a vida inteira.

 

 

Vestir é um ato afetivo (e político)

Quando uma criança veste uma peça criada com atenção — não apenas ao estilo, mas à história por trás dela —, ela veste também um pedacinho do Brasil. Um Brasil que borda com maestria, que cria com poesia e que resiste com beleza.

 

“A moda não é detalhe. É onde o Brasil se veste, se afirma e se reinventa.”

— Airon Martin

 

E por isso, precisamos olhar para a moda como um instrumento de transformação.

Não só na passarela, mas na sala de casa. No quintal da avó. No uniforme da escola.

E, claro, nas roupas que vestem os nossos pequenos.

 

 

 

 

Conclusão: ensinar com o vestir, costurar com consciência

A moda infantil com propósito é mais do que uma escolha estética.

É uma forma de plantar valores. De contar histórias que não cabem em palavras.

De ensinar que beleza, ética e cultura podem — e devem — andar juntas.

 

Porque o Brasil sempre bordou bem.

O que precisamos agora é costurar um futuro com consciência